wtorek, 13 marca 2012

UMA VIAGEM

Voltei.
Voltei? Para onde? Onde fica o meu lugar? Talvez eu não tenha regressado. Talvez nunca regresse. Talvez não tenha o meu lugar ou – pelo contrário – tenho muitos deles: todos por onde passei na minha vida.
Chegadas e partidas. Partidas e chegadas. Existem vários ambientes onde se pode morar, mas só dois suportam a vida: água e ar. Sim, a nossa vida é uma viagem. A mais longa e... e nada mais. A vida como uma viagem é uma metáfora bonita, mas também, acima de tudo verdadeira. Viajemos e nunca nos encontramos no mesmo rio. Heráclito estava certo.
Durante a minha viagem queria perceber uma coisa. Como é possível ter muito em comum com alguém por um longo período de tempo e depois esquecer-se esta pessoa? Porque nos esquecemos? Tinha muitos amigos – agora não me lembro deles. Apenas os recordo quando vejo fotografias velhas. Tenho muitos amigos. Eles estão ao meu lado. Mas sei que não estarão para sempre. Até quando? Será suficiente para ir até ao fim do mundo ou só para atravessar a fronteira de um país e por lá ficar alguns anos. Quando não há contacto directo cada amizade e cada amor tem problemas. Às vezes encontra o seu fim.
No meu caminho passam muitas pessoas.
Muitas caras, muitos sorrisos, muitos abraços, cheios de felicidade e de alegria.
Encontramo-nos, estamos felizes, e – mais cedo ou mais tarde – separamo-nos e partimos. Realmente, encontro-me no caminho sozinha. Sempre eu, apenas eu, embora, por vezes, as outras pessoas por mim passem.


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